Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Caracterização epidemiológica de violência sexual e física em crianças de 0-14 anos, no Brasil, de 2010 a 2018

Epidemiological characterization of sexual and physical violence in children aged 0-14 years in Brazil, from 2010 to 2018

Augusto Güntzel Spohr; André Augusto Taborda Guimarães; Carolina de Oliveira de-Farias; Larissa de Oliveira Silveira; Elson Romeu Farias

Revista de Pediatria SOPERJ - V.21 (supl 1), Nº1, p29-33, Dezembro 2021

Resumo

INTRODUÇÃO: A violência infantil é um problema de saúde pública de grande importância, em decorrência do grande comprometimento que traz para a saúde das crianças.
OBJETIVOS: Caracterizar, no período de 2010 a 2018, os casos de violência sexual e física em crianças de 0-14 anos quanto ao sexo, idade, região, ciclo de vida do autor, raça, local de ocorrência e evolução do caso, no Brasil.
METODOLOGIA: Trata-se de estudo quantitativo recolhido do Sistema de Informações de Agravos de Notificação no DATASUS, no intervalo de nove anos, em que se tabelou e analisou o tipo de violência, comparando-se com as variáveis sexo, idade, região, ciclo de vida do autor, raça, local de ocorrência e evolução do caso.
RESULTADOS: No período de 2010 a 2018, foram registrados 399.391 casos de violência contra crianças de 0-14 anos, sendo que a faixa etária mais acometida foi de 10-14 anos com 40,4%. Do total de violência, 35,6% corresponderam à violência física, sendo que no sexo feminino houve uma prevalência de 55,3% e a faixa etária mais acometida foi a de 10-14 anos, com 51,4%. Já em relação à violência sexual, houve uma prevalência de 32,4%, sendo que no sexo feminino ocorreu 82,5% dos casos. Destes, a faixa etária mais prevalente foi de 10-14 anos, com 48,8%.
CONCLUSÃO: Dos casos de violência infantil, a região mais prevalente é a Sudeste, sendo que a faixa etária mais prevalente é de 10-14 anos, enquanto o sexo mais prevalente é o feminino.


Palavras-chave: Delitos Sexuais. Maus-Tratos Infantis. Violência.

Comparação das internações hospitalares por agressão em crianças e adolescentes, registrados no datasus, durante a pandemia em 2020 com anos anteriores

Comparison of hospital admissions for aggression on children and adolescents, registered in datasus during the pandemic in 2020 with previous years

Vanessa Silva Santos; Esther Freire Costa; Thais Velasques Dias; Tomaz Mattedi Carvalho; Victória Peixoto de-costa; Luana Silva Pontes; Priscila castro Behrens; Pedro Moura de-morais; Sabrina santos da-costa

Revista de Pediatria SOPERJ - V.21 (supl 1), Nº1, p1-6, Dezembro 2021

Resumo

INTRODUÇÃO: A violência doméstica contra crianças e adolescentes configura uma epidemia no Brasil.A pandemia de COVID-19 pode revelar um aumento da violência e abusos, por agravar fatores de risco, como o aumento da pobreza e da insegurança alimentar, além de poder confinar grupos vulneráveis da sociedade dentro de casa.O isolamento também afasta a criança e o adolescente da proteção, pois dificulta as denúncias e suspeitas por terceiros, como também complica o contato dos jovens com redes de apoio, que desencadeiam um alerta à sociedade.Objetivos:Comparar a ocorrência de internações hospitalares, no SUS, referente ao grande grupo de agressões dos períodos de março a dezembro de 2020 na faixa etária de 0-19 anos.
MÉTODO: Estudo ecológico de dados do Sistema de Internações Hospitalares(SIH/SUS), referentes a ocorrência de internações hospitalares pelo grande grupo de causas Agressões (CID10 X85-Y09) entre os períodos de março-dezembro de 2018-2020, entre a faixa etária de 0-19 anos.
RESULTADOS: O número de internações por agressão registrou decréscimo gradativo de 20182020, sendo que das 17.857 internações totais, 6.782 ocorreram em 2018, 5.944 em 2019 e 5.010 em 2020. Entre 2018-2019,a faixa etária de 15 a 19 anos foi a mais afetada.
CONCLUSÃO: Os baixos números de notificações de agressões, em relação aos números de denúncias pelo Disque 100, historicamente, se correlacionam pela subnotificação por profissionais responsáveis. Contudo, a comparação entre os casos de 2020-2019 mostram uma diminuição que não condiz com os números esperados já que a situação da pandemia aumentou os fatores de risco para violência, o que implica na real redução da notificações.


Palavras-chave: COVID-19. Maus-Tratos Infantis. Brasil

Prevalência de violência familiar em crianças portadoras de doenças crônicas atendidas em um ambulatório de especialidades pediátricas

Prevalence of family violence in children carrying chronic diseases admitted into paediatric specialty care units

Stephanie Cathren Fenizola dos Santos; Larissa Vieira da Conceição; Anna Tereza Miranda Soares de Moura; Ricardo Mattos de Russo Rafael

Revista de Pediatria SOPERJ - V.16, Nº1, p11-16, Fevereiro 2016

Resumo

OBJETIVO: Estimar a prevalência de violência familiar em crianças portadoras de doenças crônicas atendidas em ambulatório de especialidades pediátricas.
MÉTODOS: Estudo seccional realizado em ambulatório de especialidades de um hospital universitário, utilizado o instrumento Conflict Tactic Scales: Parent Child Version (CTSPC). A coleta de dados ocorreu por meio de amostragem por oportunidade com os responsáveis das crianças. Foram estimadas as prevalências dos diferentes tipos de violência, calculando os respectivos intervalos de confiança a 95%.
RESULTADOS: A amostra compreendeu 152 questionários aplicados, com predomínio de crianças do sexo masculino, idade até 4 anos e frequência na rede de ensino. Quase todos os participantes relatou mais de 3 consultas médicas por ano (89,5%: IC 95%: 84,5/94,4). Em relação aos tipos de violência, observou se positividade na escala de maus-tratos físicos graves em 8% da amostra (IC95%: 21,3/38,3) e em 87,5% para agressão psicológica (IC95%: 75,3/87,8).
CONCLUSÕES: Famílias com pacientes portadores de doenças crônicas tendem a ter uma forma de resolução violenta de conflitos, pois o cuidado desse paciente é um fator frequente de estresse na dinâmica cotidiana da família. Os dados mostram uma realidade alarmante, com um número expressivo de vítimas de violência grave em idade pré-escolar, período crucial do desenvolvimento infantil. Vale ressaltar que a complexidade dessas situações acaba dificultando a detecção da violência, pois as demandas assistenciais envolvem múltiplas tarefas e olhares multiprofissionais.


Palavras-chave: Violência, violência doméstica, maus-tratos infantis, doença crônica.

Prolapso de uretra em pré-púbere: relato de caso

Pre-puberty urethral prolapse: case report

Nathane Santanna Felix; Fernanda Pinto Mariz; Ana Lúcia Ferreira

Revista de Pediatria SOPERJ - V.17, Nº2, p36-40, Junho 2017

Resumo

OBJETIVO: relatar e discutir um caso de sangramento vaginal por prolapso de uretra, no qual foi levantada a suspeita de abuso sexual.
DESCRIÇÃO DO CASO: criança de dois anos e 11 meses de idade apresentou início súbito de sangramento vaginal intenso após um período de tempo em que esteve brincando em área externa ao domicílio sem supervisão. Houve suspeita de abuso sexual pelos pais, afastada após exame ginecológico, que identificou prolapso de uretra. Foi realizada a ressecção da porção evertida da uretra, com resolução do quadro.
DISCUSSÃO: o abuso sexual deve ser sempre cogitado em pacientes com sangramentos urogenitais, entretanto este caso ilustra a importância de considerar outros diagnósticos diferenciais. A identificação do prolapso de uretra nesta paciente possibilitou não só a resolução do quadro, como também a tranquilização dos familiares quanto à suspeita de abuso.


Palavras-chave: Pré-escolar. Abuso sexual na infância. Doenças uretrais. Prolapso.

Síndrome do Bebê Sacudido - Um Relato de Caso

Shaken Baby Syndrome - A Case Report

Isadora Froeder Oliveira; Clarisse Pereira Dias Drumond Fortes; Viviane Soldati Mól; Rosemary Rezende; Luciano Rodrigues Costa; Thaísa Machado

Revista de Pediatria SOPERJ - V.19, Nº2, p46-49, Junho 2019

Resumo

INTRODUÇÃO: A síndrome do bebê sacudido (SBS) é uma das causas de lesão não acidental de mais difícil diagnóstico na prática pediátrica.
OBJETIVO: Relatar um caso de síndrome do bebê sacudido, discutir a importância do reconhecimento dessa síndrome e abordar seu diagnóstico e manejo, visando amenizar as consequências para a saúde física e emocional da criança.
DESCRIÇÃO DO CASO: Relatamos caso de lactente de 4 meses de idade, que deu entrado em pronto socorro por quadro convulsivo e fontanela abaulada, evoluindo com quadro comatoso. Apresentava história de fratura em fêmur aos 3 meses, atraso vacinal e pais usuários de drogas ilícitas. Realizou-se investigação com tomografia computadorizada de crânio, com achados compatíveis com a SBS.
COMENTÁRIOS: A síndrome do bebê sacudido é o trauma cerebral não acidental com maior mortalidade na pediatria. Frequentemente subnotificada, constitui um grande desafio diagnóstico. O relato exemplifica bem a síndrome, mas, sobretudo, informa a importância de sua identificação e prevenção.


Palavras-chave: Síndrome do bebê sacudido; Maus tratos; Abuso infantil.